Apesar de ser uma das tendências da moda dos últimos anos, as peças de pele vegan podem não ser tão sustentáveis quanto aparentam.
O valor dessa tendência é impressionante: 74 mil milhões de euros, com um crescimento anual estimado em 50 por cento, de acordo com um relatório da Infinium Global Research de março de 2020.
A produção de pele vegan, que visa acalmar as preocupações ambientais dos consumidores, tornou-se um símbolo proeminente do mercado vegan, com um crescimento notável em vários países.
Os setores da moda e do calçado, juntamente com a indústria de beleza, têm sido os mais ativos na produção de produtos vegan. Marcas como Dr. Martens, Adidas e Topshop têm investido em coleções de calçado e vestuário vegan, impulsionando os lucros.
A pele verdadeira, embora seja um subproduto da indústria alimentar, enfrenta problemas ambientais significativos devido ao processo de tratamento necessário para ser utilizada na indústria da moda.
A pele vegan, por outro lado, é um material sintético ou à base de plantas que imita a textura da pele animal. Grande parte da pele vegan disponível no mercado é feita de plástico, como poliuretano ou cloreto de polivinilo, devido à sua textura semelhante à pele real.
No entanto, esses materiais não são biodegradáveis e têm uma durabilidade significativamente menor, o que significa que acabam por contribuir para a poluição do meio ambiente.
Embora a pele vegan possa ser uma alternativa para quem se preocupa com o bem-estar animal, é importante notar que nem todas as opções são ambientalmente amigáveis. Materiais sintéticos como poliuretano liberam microfibras que poluem o meio ambiente a cada uso e lavagem.
Por isso, é essencial considerar cuidadosamente a escolha de peças vegan, optando por alternativas que não usem plásticos ou outros materiais sintéticos. Além disso, se a questão da crueldade animal não for um problema, peças de pele verdadeira produzidas com práticas sustentáveis podem ser uma opção mais consciente, desde que garantam o uso mínimo de produtos tóxicos e cumpram as regulamentações ambientais.
Baseado na notícia de “NIT“.
Alice Barth é uma apaixonada defensora da causa vegana, cujo comprometimento transcende seu estilo de vida alimentar. Sua escrita envolvente e informada busca educar e inspirar os leitores sobre os benefícios éticos, ambientais e de saúde do veganismo, refletindo seu compromisso com um mundo mais compassivo e sustentável.