Hoje, coincidindo com o Dia Mundial do Veganismo, a The Vegan Society revelou números “encorajadores” de sua última pesquisa, mostrando que 41% dos homens no Reino Unido (no grupo amostral) manifestam interesse em adotar uma dieta vegana ou afirmaram que planejam fazê-lo.
O veganismo ganhou popularidade na última década, especialmente no Reino Unido; no entanto, apenas 37% da população vegana do Reino Unido são homens. Ciente desse fato, a The Vegan Society tem pesquisado o desequilíbrio de gênero nas populações vegana e vegetariana para entender por que os homens são menos propensos a adotar um estilo de vida vegano.
Jovens, Masculinidade Tradicional e Saúde
Para esta nova pesquisa, a organização entrevistou 1.000 homens no Reino Unido, questionando suas opiniões sobre a adoção de dietas veganas e as potenciais barreiras ao veganismo.
A pesquisa mostra que, dos 40% dos homens interessados em se tornar veganos, a maioria pertencia a grupos etários mais jovens, com homens entre 25-34 anos mais interessados no veganismo. A pesquisa também revelou que, para muitos indivíduos, “abandonar a carne” era o principal motivo para não adotar uma dieta vegana.
“Há algumas evidências de que o consumo de carne ainda é percebido por muitos como vinculado à masculinidade. Essa noção ainda é prevalente no debate cultural sobre concepções de masculinidade tradicional, já que a carne passou a ser associada à força, alto desempenho e dominação sobre outras espécies”, explica a The Vegan Society.
Enquanto isso, de acordo com os resultados, para 30% dos homens não veganos, a saúde e a nutrição representam uma barreira para o veganismo. Os homens não veganos tinham preocupações específicas sobre a transição para uma dieta vegana, como deficiências nutricionais, falta de energia ou impacto em questões de saúde a longo prazo.
Vegan and Thriving
Para ajudar as pessoas, especialmente os homens, a superar as barreiras relacionadas à saúde e nutrição, o Vegan and Thriving, uma campanha realizada pela Vegan Society durante o Mês Mundial do Veganismo, mostra que as dietas veganas podem levar a estilos de vida ativos e saudáveis.
A campanha oferece recursos e informações de profissionais de saúde e apresenta receitas equilibradas para apoiar a transição das pessoas. Além disso, inclui um curta-metragem e entrevistas com homens veganos, discutindo sua jornada vegana e masculinidade.
Hannah Montgomery, gerente de campanhas da The Vegan Society, comenta: “É realmente encorajador saber que uma parcela significativa de homens está interessada em se tornar vegana, mas estamos cientes de que ainda há trabalho a ser feito, não apenas para apoiar o público em geral na adoção de um estilo de vida vegano saudável, mas especialmente os homens que estão expostos às pressões da masculinidade tradicional”.
“Nossa campanha, Vegan and Thriving, visa desmantelar qualquer visão negativa quando se trata de veganismo e masculinidade – mostrando que o veganismo pode ser uma forma de força e compaixão e que qualquer pessoa pode ser vegana e prosperar”, acrescentou.
O Dia Mundial do Veganismo foi inicialmente estabelecido em 1994 para comemorar o 50º aniversário da The Vegan Society. Desde então, evoluiu para a Semana Mundial do Veganismo e, ultimamente, o Mês Mundial do Veganismo.
Alice Barth é uma apaixonada defensora da causa vegana, cujo comprometimento transcende seu estilo de vida alimentar. Sua escrita envolvente e informada busca educar e inspirar os leitores sobre os benefícios éticos, ambientais e de saúde do veganismo, refletindo seu compromisso com um mundo mais compassivo e sustentável.